As faculdades STRONG e ESAGS estão entre as 106 empresas do Brasil que receberam o Selo Carbon Free, que atesta que determinada atividade da empresa teve as emissões de gases de efeito estufa inventariadas, utilizando a metodologia GHG Protocol.
A entrega foi feita no último dia 5 de agosto, no Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo, durante as comemorações dos cinco anos do Programa Brasileiro GHG Protocol. O projeto foi desenvolvido, em 2008, pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVCes).
Nesse dia, foram divulgados os inventários de emissões GEE referentes a 2012 das 106 organizações-membro, que representam 44 setores da economia como indústria de transformação, atividades financeiras, seguros, energia e construção, educação, administração pública, seguridade nacional e agronegócios.
Programa Brasileiro – O objetivo do Programa Brasileiro é estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação voluntária de inventários de emissões de gases do efeito estufa (GEE), e oferecer aos participantes acesso a instrumentos e padrões de qualidade internacional.
Este ano, a STRONG e a ESAGS publicaram, pela primeira vez, os inventários de gases de efeito estufa referente às atividades realizadas em 2012. O documento foi analisado pelo GVCes, que classificou-o com o selo Prata, o segundo em uma escala de categorias que varia em bronze, prata e ouro. Os relatórios estão publicados no Registro Público de Emissões e disponível para acesso gratuito ao público. Clique aqui para consultá-lo.
Segundo a coordenadora do Programa Brasileiro GHG Protocol, o setor de educação já representa 3% do total de empresas-membro no Programa Brasileiro GHG Protocol. “Esta parcela demonstra o pioneirismo na área de educação da Fundação Getulio Vargas e instituições-parceiras em elaborar e publicar seus inventários de emissões de gases de efeito estufa. Também reforça a larga aplicabilidade do método GHG Protocol, que pode ser utilizado por organizações de todos os portes e dos mais diversos ramos de atividade”, explica Beatriz Kiss,
Inventário – O resultado mostrou que a grande quantidade de gases de efeito estufa emitidos pela STRONG e ESAGS são emissões indiretas. Ou seja, consequência de variáveis externas como o transporte utilizado para trazer professores para dar aulas. Nesse quesito, foi emitido ao todo 87% do total do inventário que utiliza o CO² (Gás Carbônico) como medida de referência para todos os GEE.
Em relação às emissões provenientes de aquisição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) ou térmica, a soma chegou a 12% do total desse inventário. Essas emissões são resultantes da quantidade de energia elétrica utilizada durante o expediente nas unidades.
Quanto às emissões diretas, aquelas emitidas pela instituição na operação do seu negócio e onde são contabilizados dados referentes à gás dos extintores e fluídos refrigerantes, como gás do ar-condicionado, além de óleo diesel dos geradores, a soma das emissões ficou em apenas 1% do total do inventário.
Com os resultados, a equipe responsável pelos inventários na STRONG pretende fortalecer as ações sustentáveis que vêm sendo implementadas nas unidades de ensino, em busca do selo ouro em 2014.
Entre as propostas já desenhadas estão a criação de um plano estruturado para a conscientização do público interno e externo, além de ações para acompanhamento e redução das emissões de CO² através da criação de metas absolutas ou de intensidade. Vale destacar que a publicação dos inventários das empresas no Programa GHG Protocol é voluntária.
